Hoje nesse dia chuvoso e de friagem, me recordo das boas e engraçadas festas de Haloween que participei em minha adolescência, até mesmo no início de minha vida adulta durante o curso da faculdade de Letras tive bons momentos de diversão, de doces e travessuras, de gargalhadas e fantasias.
Agradeço até aos americanos esta migração dessa festa que fazem parte da propriedade cultural desse país; não serei hipócrita nacionalista, por mim caíria agora mesmo toda barreira fronteiristica física e psicológica e seriamos todos somente seres humanos com livre trânsito e numa permuta incessante de trocas culturais e de vivências. É utopia!? Hoje sim. Mas creio nos meus sonhos utópicos que eles estão no espiral que move o mundo vindo se fazer realidade.E como é interessante observar que essas pequenas alegrias de adolescência; torna-se um grande regozijo nos dias de hoje em que dia-a-dia procuro desenvolver a consciência do mundo em minha volta.
Não sabia eu que essa festa das bruxas era uma festa Pagã, pra mim no minímo era o que os mais radicais das religiões cristãs chamavam era de festa do demônio. Hehehehehehehehe...
Não sabia eu que essa festa das bruxas era uma festa Pagã, pra mim no minímo era o que os mais radicais das religiões cristãs chamavam era de festa do demônio. Hehehehehehehehe...
Mas o Haloween dos americanos é a festa de Beltane para os druidas-celtas, Rudemas para os ibéricos, Walpurgisnacht para os nórdicos. Celebração da fertilidade onde o sagrado feminino se une ao sagrado masculino, a Deusa que se une ao seu Consorte. Tempos esses que o sexo não era tido como pecado, que o medo e a culpa não faziam parte do inconsciente coletivo, as festas eram usados máscaras apenas para simbolizar o Deus e a Deusa conforme a imaginação e a criatividade de cada indíviduo, pois esses sabiam inerentemente que essas forças sagradas se encontravam também dentro de seus seres. São arquétipos psicológicos para a terra que se torna fértil com as condições climáticas que são propícias para o plantio dos alimentos no qual hoje vem ensacado e parborizado, ceivado e selecionado pelas grandes indústrias de alimentos. Todo esse avanço industrial e desenvolvimento tecnológico nos afastou tanto da natureza que praticamente não damos mais tanto valor as comemorações que celebravam os nossos ancestrais. Contudo é preciso resgatar! A semente para a re-união com a Mãe Terra está lá nas profundezas das camadas de nossas psiquês, e se queremos ter um mundo ecologicamente funcional e consciente é necessário o resgate dessas antigas tradições que nos são tão caros.
Conta-nos a história que do dia 31 de outubro para 1 de novembro no hemisfério sul, e 30 de abril para 1 de maio no hemisfério norte, nossos mais antigos ancestrais celebravam em seus rituais honra à memória de seus antepassados, pois, nesse período de tempo encontra-se aberto o véu que separa o mundo dos vivos para o mundo dos mortos.
O festival de Beltane era dedicado na Grécia antiga a Hades, o senhor do Submundo, correspondente do deus Plutão da mitologia romana. O primeiro dia de maio era também aquele em que os antigos romanos e gregos queimavam olíbano e sândalo e penduravam guirlandas de flores diante de seus altares em honra aos espíritos guardiães que olhavam e protegiam suas famílias e suas casas. Daí parte a adaptação das celebrações da Igreja Católica romana do dia de todos os santos e dos dias de finados.
Eu particularmente aprecio e celebro essa data como manifestação do poder da vida fértil, das sementes de sabedoria que irão brotar até a colheita próxima. Do grão que morre para germinar Trigo, ressuscitar no Pão que alimenta os homens em sua totalidade, corpo, mente e espírito. E assim é evocado das profundezas de minha alma o arquétipo de Demeter e Zeus para a Fertilidade da vida; de Hécate e Hades para o mistério da morte, equilibrando o sagrado masculino e femino presente em mim e em você.
Honrados e benditos sejam os meus e os seus ancestrais pelas estrelas que foram, são e serão na órbita continua que é a lei que conduz à evolução do universo.
Amor é a lei.Amor sob vontade!