segunda-feira, 31 de outubro de 2011

31 de Outubro: Haloween - Beltane.

Hoje nesse dia chuvoso e de friagem, me recordo das boas e engraçadas festas de Haloween que participei em minha adolescência, até mesmo no início de minha vida adulta durante o curso da faculdade de Letras tive bons momentos de diversão, de doces e travessuras, de gargalhadas e fantasias.
Agradeço até aos americanos esta migração dessa festa que fazem parte da propriedade cultural desse país; não serei hipócrita nacionalista, por mim caíria agora mesmo toda barreira fronteiristica física e psicológica e seriamos todos somente seres humanos com livre trânsito e numa permuta incessante de trocas culturais e de vivências. É utopia!? Hoje sim. Mas creio nos meus sonhos utópicos que eles estão no espiral que move o mundo vindo se fazer realidade.
E como é interessante observar que essas pequenas alegrias de adolescência; torna-se um grande regozijo nos dias de hoje em que dia-a-dia procuro desenvolver a consciência do mundo em minha volta.
Não sabia eu que essa festa das bruxas era uma festa Pagã, pra mim no minímo era o que os mais radicais das religiões cristãs chamavam era de festa do demônio. Hehehehehehehehe...

Mas o Haloween dos americanos é a festa de Beltane para os druidas-celtas, Rudemas para os ibéricos, Walpurgisnacht para os nórdicos. Celebração da fertilidade onde o sagrado feminino se une ao sagrado masculino, a Deusa que se une ao seu Consorte. Tempos esses que o sexo não era tido como pecado, que o medo e a culpa não faziam parte do inconsciente coletivo, as festas eram usados máscaras apenas para simbolizar o Deus e a Deusa conforme a imaginação e a criatividade de cada indíviduo, pois esses sabiam inerentemente que essas forças sagradas se encontravam também dentro de seus seres. São arquétipos psicológicos para a terra que se torna fértil com as condições climáticas que são propícias para o plantio dos alimentos no qual hoje vem ensacado e parborizado, ceivado e selecionado pelas grandes indústrias de alimentos. Todo esse avanço industrial e desenvolvimento tecnológico nos afastou tanto da natureza que praticamente não damos mais tanto valor as comemorações que celebravam os nossos ancestrais. Contudo é preciso resgatar! A semente para a re-união com a Mãe Terra está lá nas profundezas das camadas de nossas psiquês, e se queremos ter um mundo ecologicamente funcional e consciente é necessário o resgate dessas antigas tradições que nos são tão caros.


Conta-nos a história que do dia 31 de outubro para 1 de novembro no hemisfério sul, e 30 de abril para 1 de maio no hemisfério norte, nossos mais antigos ancestrais celebravam em seus rituais honra à memória de seus antepassados, pois, nesse período de tempo encontra-se aberto o véu que separa o mundo dos vivos para o mundo dos mortos.
O festival de Beltane era dedicado na Grécia antiga a Hades, o senhor do Submundo, correspondente do deus Plutão da mitologia romana. O primeiro dia de maio era também aquele em que os antigos romanos e gregos queimavam olíbano e sândalo e penduravam guirlandas de flores diante de seus altares em honra aos espíritos guardiães que olhavam e protegiam suas famílias e suas casas. Daí parte a adaptação das celebrações da Igreja Católica romana do dia de todos os santos e dos dias de finados.

Eu particularmente aprecio e celebro essa data como manifestação do poder da vida fértil, das sementes de sabedoria que irão brotar até a colheita próxima. Do grão que morre para germinar Trigo, ressuscitar no Pão que alimenta os homens em sua totalidade, corpo, mente e espírito. E assim é evocado das profundezas de minha alma o arquétipo de Demeter e Zeus para a Fertilidade da vida; de Hécate e Hades para o mistério da morte, equilibrando o sagrado masculino e femino presente em mim e em você.

Honrados e benditos sejam os meus e os seus ancestrais pelas estrelas que foram, são e serão na órbita continua que é a lei que conduz à evolução do universo.
Amor é a lei.
Amor sob vontade!

domingo, 16 de outubro de 2011

Sobre mim. Nas margens de Mim.


Eu me senti como um rei
Me larguei, dormi, nas margens de mim
Me perdi por querer, eu não fiz, não fui
Me desaprendi.
Eu quis prestar atenção
Tudo o que é menor, mais lento e baldio
Deixo o rio passar tão voraz, veloz
Me deixo ficar.
Quando o sol acena bate em mim
Diz valer a pena ser assim
Que no fundo é simples ser feliz
Difícil é ser tão simples
Difícil é ser tão simples
Difícil mesmo é ser!
Me recolhi, fiquei só
Até florescer
Desapego e raiz, improviso e razão
Canto pra colher, agora e aqui!
De qualquer maneira parte em mim
Diz valer a pena ser assim
Que no fundo é simples ser feliz
Difícil é ser tão simples
Difícil é ser tão simples
Difícil mesmo é ser.

sábado, 15 de outubro de 2011

Paulo Freire - O Mentor da Educação para a Consciência.


Nesse dia dos Professores, coloco para os amigos leitores um texto sobre esse grande e inspirador Educador que revolucionou os rumos da Educação em nosso Brasil. Que em todos os campos de nossas vidas possamos praticar a Pedagogia do Amor de Freire, esse grande brasileiro.
Celso Junior.

Ao propor uma prática de sala de aula que pudesse desenvolver a criticidade dos alunos, Freire condenava o ensino oferecido pela ampla maioria das escolas (isto é, as "escolas burguesas"), que ele qualificou de educação bancária. Nela, segundo Freire, o professor age como quem deposita conhecimento num aluno apenas receptivo, dócil. Em outras palavras, o saber é visto como uma doação dos que se julgam seus detentores. Trata-se, para Freire, de uma escola alienante, mas não menos ideologizada do que a que ele propunha para despertar a consciência dos oprimidos. "Sua tônica fundamentalmente reside em matar nos educandos a curiosidade, o espírito investigador, a criatividade", escreveu o educador. Ele dizia que, enquanto a escola conservadora procura acomodar os alunos ao mundo existente, a educação que defendia tinha a intenção de inquietá-los.

Freire criticava a idéia de que ensinar é transmitir saber porque para ele a missão do professor era possibilitar a criação ou a produção de conhecimentos. Mas ele não comungava da concepção de que o aluno precisa apenas de que lhe sejam facilitadas as condições para o auto-aprendizado. Freire previa para o professor um papel diretivo e informativo - portanto, ele não pode renunciar a exercer autoridade. Segundo o pensador pernambucano, o profissional de educação deve levar os alunos a conhecer conteúdos, mas não como verdade absoluta. Freire dizia que ninguém ensina nada a ninguém, mas as pessoas também não aprendem sozinhas. "Os homens se educam entre si mediados pelo mundo", escreveu. Isso implica um princípio fundamental para Freire: o de que o aluno, alfabetizado ou não, chega à escola levando uma cultura que não é melhor nem pior do que a do professor. Em sala de aula, os dois lados aprenderão juntos, um com o outro - e para isso é necessário que as relações sejam afetivas e democráticas, garantindo a todos a possibilidade de se expressar. "Uma das grandes inovações da pedagogia freireana é considerar que o sujeito da criação cultural não é individual, mas coletivo", diz José Eustáquio Romão, diretor do Instituto Paulo Freire, em São Paulo.

A valorização da cultura do aluno é a chave para o processo de conscientização preconizado por Paulo Freire e está no âmago de seu método de alfabetização, formulado inicialmente para o ensino de adultos. Basicamente, o método propõe a identificação e catalogação das palavras-chave do vocabulário dos alunos - as chamadas palavras geradoras. Elas devem sugerir situações de vida comuns e significativas para os integrantes da comunidade em que se atua, como por exemplo "tijolo" para os operários da construção civil.

Diante dos alunos, o professor mostrará lado a lado a palavra e a representação visual do objeto que ela designa. Os mecanismos de linguagem serão estudados depois do desdobramento em sílabas das palavras geradoras. O conjunto das palavras geradoras deve conter as diferentes possibilidades silábicas e permitir o estudo de todas as situações que possam ocorrer durante a leitura e a escrita. "Isso faz com que a pessoa incorpore as estruturas lingüísticas do idioma materno", diz Romão. Embora a técnica de silabação seja hoje vista como ultrapassada, o uso de palavras geradoras continua sendo adotado com sucesso em programas de alfabetização em diversos países do mundo.

Seres inacabados

O método Paulo Freire não visa apenas tornar mais rápido e acessível o aprendizado, mas pretende habilitar o aluno a "ler o mundo", na expressão famosa do educador. "Trata-se de aprender a ler a realidade (conhecê-la) para em seguida poder reescrever essa realidade (transformá-la)", dizia Freire. A alfabetização é, para o educador, um modo de os desfavorecidos romperem o que chamou de "cultura do silêncio" e transformar a realidade, "como sujeitos da própria história".

No conjunto do pensamento de Paulo Freire encontra-se a idéia de que tudo está em permanente transformação e interação. Por isso, não há futuro a priori, como ele gostava de repetir no fim da vida, como crítica aos intelectuais de esquerda que consideravam a emancipação das classes desfavorecidas como uma inevitabilidade histórica. Esse ponto de vista implica a concepção do ser humano como "histórico e inacabado" e conseqüentemente sempre pronto a aprender. No caso particular dos professores, isso se reflete na necessidade de formação rigorosa e permanente. Freire dizia, numa frase famosa, que "o mundo não é, o mundo está sendo".


Três etapas rumo à conscientização

Embora o trabalho de alfabetização de adultos desenvolvido por Paulo Freire tenha passado para a história como um "método", a palavra não é a mais adequada para definir o trabalho do educador, cuja obra se caracteriza mais por uma reflexão sobre o significado da educação. "Toda a obra de Paulo Freire é uma concepção de educação embutida numa concepção de mundo", diz José Eustáquio Romão. Mesmo assim, distinguem-se na teoria do educador pernambucano três momentos claros de aprendizagem. O primeiro é aquele em que o educador se inteira daquilo que o aluno conhece, não apenas para poder avançar no ensino de conteúdos mas principalmente para trazer a cultura do educando para dentro da sala de aula. O segundo momento é o de exploração das questões relativas aos temas em discussão - o que permite que o aluno construa o caminho do senso comum para uma visão crítica da realidade. Finalmente, volta-se do abstrato para o concreto, na chamada etapa de problematização: o conteúdo em questão apresenta-se "dissecado", o que deve sugerir ações para superar impasses. Para Paulo Freire, esse procedimento serve ao objetivo final do ensino, que é a conscientização do aluno.

Márcio Ferrari.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A Inteligência Emocional de Perdoar 70 X 7


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Há momentos na vida que tudo parece tão difícil, pois, quando olhamos para o futuro nos vemos sem perspectivas, quando olhamos para o presente um vazio invade nosso peito, uma angústia enorme nos domina. Nestes momentos talvez estejamos de costas para o nosso futuro, nos esquecendo do presente, que tudo acontece no aqui e agora e na verdade estamos presos a um passado a que nos apegamos como se isso fosse a única coisa que importasse.
Desta forma carregamos em nossa viagem uma quantidade enorme de malas pesadas e sem alça, difíceis de carregar. A vida fica lenta, sofrida e desprazerosa e quando insistimos nestas atitudes podemos até adoecer.
Quando ficamos presos ao passado ressentimos o que aconteceu como se estivéssemos lá. Afinal, estamos onde nossa mente está e muitas de nossas reações impulsivas das quais nos arrependemos depois nascem deste ressentimento.
Ressentir é sentir de novo o que já passou, é dar as costas para o futuro e esquecer o presente. Ressentimento é uma emoção e não um fato, o fato aconteceu lá atrás, a diferença é o significado que damos a este fato.
Lembrar coisas boas nos dá ânimo para continuar, ressentir mágoas, raiva e ódio nos corroe literalmente, pois se refletem em nosso corpo, ocasionam doenças físicas e emocionais.
Emoções negativas, contidas e ressentidas destroem a vida, cegam os mais belos olhos, ensurdecem os mais ávidos ouvidos, param os mais saudáveis corações. Priva de prosperidade um filho de Deus.
Deixar de ressentir e se libertar é uma atitude de inteligência e a atitude que neutraliza o ressentimento se chama perdão... Então, o perdão é um ato de inteligência. O ressentimento é a escuridão, o perdão a sua luz.
O perdão antes de tudo é um ato de auto-amor, de auto-preservação e de auto compreensão. Não é o outro que mais ganha, somos nós. Muitos confundem o perdão com outras atitudes e coisas, por isso, deixam de perdoar.
Muitos criam objeções ao perdão, porque acreditam que se perdoassem estariam concordando com o comportamento prejudicial que violou seus valores. Isso não é verdade...
Acreditam que o perdão eliminaria a função positiva, como, evitar a repetição do comportamento inadequado. O perdão é interno e não significa concordar com o comportamento do outro ou deixar de evitar a repetição desse comportamento.
Perdão é uma atitude racional que liberta nosso emocional... Separe a função positiva aparente da raiva da função positiva efetiva do perdão. Aparentemente a raiva nos liberta, na verdade nos prende. Aparentemente o perdão é renuncia, na verdade é libertação.
O perdão é uma atitude de inteligência. Pense: como é ressentir e remoer algo que aconteceu em seu passado? Agora, pense: Como seria se você tivesse perdoado? Responda: O que é mais saudável e mais inteligente para você?
Para perdoar inteligentemente, liberte-se da necessidade de se zangar, de brigar, de ressentir e ofereça respostas comportamentais específicas para realizar essa função protetora, isto é, haja racionalmente de acordo com a situação. Por isso que dizemos: quem berra perde a razão...
vendas, negocios, empresa, RH, eficacia, livros, Anthony Robbins, padrao, modelo, modelagem, mudanca, resultado, conquista, rapport, desafio, sucesso, lideres, lideranca, coaching, coach, poder, Fritz Perls, Virginia Satir, Gregory Bateson, niveis neurologicos, Milton Erickson, Sapos em principes, Leslie Cameron, Dilts, Judith O perdão antes de tudo é um “deixar ir”, uma permissão para o desprendimento, um libertar-se de algo. E isso é uma libertação de si próprio que liberta os outros. Quem quer ficar preso a algo que faz mal a si mesmo?
Muitos guardam ressentimentos de pessoas que já se retiraram de sua vida ou que até já não fazem mais parte desse mundo. O que há de bom para você nesse ressentimento? Se, não há nada de bom o que te impede de perdoar?
Lembre-se, antes de perdoar tem que se querer, esse é o primeiro passo. Perdoar os outros ou a si próprio não significa aceitar o comportamento que nos prejudicou ou prejudicou a outros, nem renunciar valores que foram violados.
Perdoar é uma atitude de inteligência que traz paz e solução para sua vida. Então se pergunte: Você quer solucionar esta situação interiormente? Você quer se livrar deste fardo?
Perdoar tem mais a ver com você do que com o outro, podemos perdoar sem haver reconciliação, são coisas diferentes, o perdão é interior, ocorre em nosso mundo mental.
Perdoar é uma atitude de inteligência, é uma religião no sentido mais próprio da palavra, isto é, religar-se a Deus pela compreensão de si mesmo, do outro e de uma situação. Compreender é diferente de concordar, entender é diferente de permitir que a situação se repita.
O perdão nasce da compreensão que promove a libertação e ambas são sementes da mais pura sabedoria. Perdoe e liberte-se!

sábado, 8 de outubro de 2011

A Vida é o único Deus - Aqui e Agora.


Como se vive uma vida livre?

Minha mensagem é muito simples: viva a vida tão perigosamente quanto possível. Viva a vida totalmente, intensamente, apaixonadamente; porque, exceto a vida, não existe nenhum outro Deus.
Friedrich Nietzsche diz: “Deus está morto”.
Isto está errado, porque em primeiro lugar, Deus nunca existiu. Como é que pode estar morto? A vida é, sempre foi, sempre vida será. Permita-se... e eu repito mais uma vez, permita-se ser possuído pela vida.
As assim chamadas religiões do passado vêm lhe dizendo justamente o oposto. Elas dizem:
“Renuncie”. Eu digo: “Celebre”. Elas negam a vida, eu a afirmo. Elas dizem que a vida é algo errado, ilusório, e elas criam uma idéia abstrata de Deus, o qual nada mais é que uma projeção de suas mentes. E elas cultuam essa projeção. Isso é tão estúpido, tão absolutamente estúpido, que é de admirar como milhões de pessoas puderam acreditar em tais bobagens. Aquilo que é, é repudiado por aquilo que é apenas uma abstração da mente. Deus é apenas uma palavra, mas eles dizem que Deus é real.
E a vida é uma realidade: você a sente pulsar de seu coração, no pulsar de seu sangue, ela está em tudo – nas flores, nos rios, nas estrelas. E eles dizem que isso tudo é maya, ilusão. Eles dizem que ela é feita da mesma substancia que são feitos os sonhos. E eles criam um Deus – e é claro, todo mundo cria um Deus que reflete a sua própria imagem. E assim tem existido milhares de deuses.
Tudo é a sua imaginação, você pode fazer um deus de quatro cabeças, você pode fazer um deus com mil mãos. Depende de você, é o seu jogo. E as pessoas têm estado falando... envenenando as mentes dos outros.


Eu lhes digo: a vida é a única verdade que existe. Não existe nenhum outro Deus a não ser a vida. Assim permita-se ser possuído pela vida em todas as suas formas, cores, dimensões – todo o arcoíris, todas as notas musicais. Se você puder conseguir essa coisa tão simples... E é simples porque é apenas uma questão de deixar acontecer. Não force o rio, deixe que ele o leve até o oceano. Ele já está a caminho. Relaxe, não fique tenso nem tente ser espiritual. Não crie qualquer divisão entre a matéria e o espírito. A existência é uma só, a matéria e a existência são uma só, a matéria e a existência são simplesmente os dois lados da mesma moeda. Relaxe, descanse, e siga com o rio.
Seja um jogador, não seja um homem de negócios e você conhecera mais Deus, porque o jogador pode correr mais riscos. O jogador não é calculista, ele pode arriscar tudo aquilo que possui.
Mas a excitação do jogador quando ele aposta tudo e espera... o que vai acontecer agora? Este exato momento pode tornar-se uma transformação da gestalt interna.
Seja um bêbado, embriagado com a vida, com o vinho da existência. Não permaneça sóbrio. A pessoa sóbria permanece morta. Beba o vinho da vida. Ele tem tanta poesia e tanto amor e tanto néctar.
Você pode trazer a primavera a qualquer momento.
Simplesmente chame a primavera e deixe que o sol e o vento e a chuva penetrem você. É por causa desta mensagem que os espiritualistas são contra min, porque eles pensam que eu estou negando Deus. Pela primeira vez eu estou trazendo Deus para uma perspectiva real. Eu estou dando-lhe vida, eu estou trazendo-o para mais perto de você, mais próximo do que seu próprio coração – porque ele é o seu próprio ser, não é algo separado, algo distante, algo lá no céu, mas aqui e agora.
Eu estou tentando destruir a própria idéia do lá e depois. Toda a minha visão é do aqui e agora, porque não existe outro lugar além do aqui, e não existe outro tempo além do agora.


Vida, Amor e Riso; - Osho.

domingo, 2 de outubro de 2011

O Filme dos Espíritos



Outubro nos chega na graça da vida, e uma das grandes atrações que esse mês nos traz é o Filme dos Espíritos que estréia nos cinemas no dia 07/01/2011.
Baseado numa história real narrada segundo a leitura do cap. 52 do livro “O Espírito da Verdade”, obra ditada por Espíritos Diversos por intermédio dos médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira. Intitulado “Há um século”, o texto é de autoria do Espírito de Hilário Silva por Francisco Cândido Xavier, o filme tem como responsável pela produção a Fundação Espírita André Luiz e reúne em seu elenco artistas bem conhecidos do público brasileiro, a exemplo do protagonista Reinaldo Rodrigues, do grupo Tapa de Teatro e do Clube da Voz, e dos atores Nelson Xavier, Etty Fraser, Ênio Gonçalves, Ana Rosa e Sandra Corveloni, registrando-se ainda a participação especial da apresentadora de TV Luciana Gimenez, que entrou no elenco no lugar de Regina Duarte, que teve de deixar o filme devido a outros compromissos. Para interpretar a mulher de um pescador, Gimenez passou por um processo de maquiagem que levava em média quatro horas, de forma a envelhecê-la cerca de 30 anos.

A direção do filme foi confiada a André Marouço e Michel Dubret. Marouço é jornalista, radialista e produtor que se encontra à frente da Mundo Maior Filmes (produtora vinculada à Fundação Espírita André Luiz). Dubret é formado em cinema pela Faap (Fundação Armando Álvares Penteado) e trabalhou por quatro a nos no Studio Fátima Toledo, no casting e preparação de atores.
A peça cinematográfica é, em verdade, uma homenagem a Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo, cujo aniversário de nascimento se comemora no dia 3 de outubro, e ao principal livro da doutrina espírita – “O Livro dos Espíritos”.
Por meio do filme, seus idealizadores pretendem, de um lado, incentivar o avivamento das ideias cristãs nos corações sôfregos e, de outro, obter recursos com o objetivo de patrocinar novas ações no terreno da divulgação espírita.

Eis o relato escrito por Hilário Silva:

“Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita, naquela triste manhã de abril de 1860, estava exausto, acabrunhado. Fazia frio. Muito embora a consolidação da Sociedade Espírita de Paris e a promissora venda de livros, escasseava o dinheiro para a obra gigantesca que os Espíritos Superiores lhe haviam colocado nas mãos. A pressão aumentava... Missivas sarcásticas avolumavam-se à mesa.

Quando mais desalentado se mostrava, chega a paciente esposa, Madame Rivail – a doce Gaby –, a entregar-lhe certa encomenda, cuidadosamente apresentada. O professor abriu o embrulho, encontrando uma carta singela.

E leu: 

‘Sr. Allan Kardec:

Respeitoso abraço.

Com a minha gratidão, remeto-lhe o livro anexo, bem como a sua história, rogando-lhe, antes de tudo, prosseguir em suas tarefas de esclarecimento da Humanidade, pois tenho fortes razões para isso.
Sou encadernador desde a meninice, trabalhando em grande casa desta capital.
Há cerca de dois anos casei-me com aquela que se revelou minha companheira ideal. Nossa vida corria normalmente e tudo era alegria e esperança, quando, no início deste ano, de modo inesperado, minha Antoinette partiu desta vida, levada por sorrateira moléstia.
Meu desespero foi indescritível e julguei-me condenado ao desamparo extremo. Sem confiança em Deus, sentindo as necessidades do homem do mundo e vivendo com as dúvidas aflitivas de nosso século, resolvera seguir o caminho de tantos outros, ante a fatalidade...
A prova da separação vencera-me, e eu não passava, agora, de trapo humano. Faltava ao trabalho e meu chefe, reto e ríspido, ameaçava-me com a dispensa. Minhas forças fugiam. Namorara diversas vezes o Sena e acabei planeando o suicídio. ‘Seria fácil, não sei nadar’ – pensava.
Sucediam-se noites de insônia e dias de angústia. Em madrugada fria, quando as preocupações e o desânimo me dominaram mais fortemente, busquei a Ponte Marie. Olhei em torno, contemplando a corrente... E, ao fixar a mão direita para atirar-me, toquei um objeto algo molhado que se deslocou da amurada, caindo-me aos pés. Surpreendido, distingui um livro que o orvalho umedecera. Tomei o volume nas mãos e, procurando a luz mortiça de poste vizinho, pude ler, logo no frontispício, entre irritado e curioso: ‘Esta obra salvou-me a vida. Leia-a com atenção e tenha bom proveito.  – A. Laurent.’


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Após ler a carta providencial, Allan Kardec
experimentou nova luz.

Estupefato, li a obra O LIVRO DOS ESPÍRITOS, ao qual acrescentei breve mensagem, volume esse que passo às suas mãos abnegadas, autorizando o distinto amigo a fazer dele o que lhe aprouver.’

Ainda constavam da mensagem agradecimentos finais, a assinatura, a data e o endereço do remetente.
O Codificador desempacotou, então, um exemplar de O LIVRO DOS ESPÍRITOS ricamente encadernado, em cuja capa viu as iniciais do seu pseudônimo e na página do frontispício, levemente manchada, leu com emoção não somente a observação a que o missivista se referira, mas também outra, em letra firme: ‘Salvou-me também. Deus abençoe as almas que cooperaram em sua publicação. – Joseph Perrier.’

Após a leitura da carta providencial, o Professor Rivail experimentou nova luz a banhá-lo por dentro... Conchegando o livro ao peito, raciocinava, não mais em termos de desânimo ou sofrimento, mas sim na pauta de radiosa esperança.
Era preciso continuar, desculpar as injúrias, abraçar o sacrifício e desconhecer as pedradas... Diante de seu espírito turbilhonava o mundo necessitado de renovação e consolo.
Allan Kardec levantou-se da velha poltrona, abriu a janela à sua frente, contemplando a via pública, onde passavam operários e mulheres do povo, crianças e velhinhos... O notável obreiro da Grande Revelação respirou a longos haustos e, antes de retomar a caneta para o serviço costumeiro, levou o lenço aos olhos e limpou uma lágrima...”