segunda-feira, 31 de outubro de 2011

31 de Outubro: Haloween - Beltane.

Hoje nesse dia chuvoso e de friagem, me recordo das boas e engraçadas festas de Haloween que participei em minha adolescência, até mesmo no início de minha vida adulta durante o curso da faculdade de Letras tive bons momentos de diversão, de doces e travessuras, de gargalhadas e fantasias.
Agradeço até aos americanos esta migração dessa festa que fazem parte da propriedade cultural desse país; não serei hipócrita nacionalista, por mim caíria agora mesmo toda barreira fronteiristica física e psicológica e seriamos todos somente seres humanos com livre trânsito e numa permuta incessante de trocas culturais e de vivências. É utopia!? Hoje sim. Mas creio nos meus sonhos utópicos que eles estão no espiral que move o mundo vindo se fazer realidade.
E como é interessante observar que essas pequenas alegrias de adolescência; torna-se um grande regozijo nos dias de hoje em que dia-a-dia procuro desenvolver a consciência do mundo em minha volta.
Não sabia eu que essa festa das bruxas era uma festa Pagã, pra mim no minímo era o que os mais radicais das religiões cristãs chamavam era de festa do demônio. Hehehehehehehehe...

Mas o Haloween dos americanos é a festa de Beltane para os druidas-celtas, Rudemas para os ibéricos, Walpurgisnacht para os nórdicos. Celebração da fertilidade onde o sagrado feminino se une ao sagrado masculino, a Deusa que se une ao seu Consorte. Tempos esses que o sexo não era tido como pecado, que o medo e a culpa não faziam parte do inconsciente coletivo, as festas eram usados máscaras apenas para simbolizar o Deus e a Deusa conforme a imaginação e a criatividade de cada indíviduo, pois esses sabiam inerentemente que essas forças sagradas se encontravam também dentro de seus seres. São arquétipos psicológicos para a terra que se torna fértil com as condições climáticas que são propícias para o plantio dos alimentos no qual hoje vem ensacado e parborizado, ceivado e selecionado pelas grandes indústrias de alimentos. Todo esse avanço industrial e desenvolvimento tecnológico nos afastou tanto da natureza que praticamente não damos mais tanto valor as comemorações que celebravam os nossos ancestrais. Contudo é preciso resgatar! A semente para a re-união com a Mãe Terra está lá nas profundezas das camadas de nossas psiquês, e se queremos ter um mundo ecologicamente funcional e consciente é necessário o resgate dessas antigas tradições que nos são tão caros.


Conta-nos a história que do dia 31 de outubro para 1 de novembro no hemisfério sul, e 30 de abril para 1 de maio no hemisfério norte, nossos mais antigos ancestrais celebravam em seus rituais honra à memória de seus antepassados, pois, nesse período de tempo encontra-se aberto o véu que separa o mundo dos vivos para o mundo dos mortos.
O festival de Beltane era dedicado na Grécia antiga a Hades, o senhor do Submundo, correspondente do deus Plutão da mitologia romana. O primeiro dia de maio era também aquele em que os antigos romanos e gregos queimavam olíbano e sândalo e penduravam guirlandas de flores diante de seus altares em honra aos espíritos guardiães que olhavam e protegiam suas famílias e suas casas. Daí parte a adaptação das celebrações da Igreja Católica romana do dia de todos os santos e dos dias de finados.

Eu particularmente aprecio e celebro essa data como manifestação do poder da vida fértil, das sementes de sabedoria que irão brotar até a colheita próxima. Do grão que morre para germinar Trigo, ressuscitar no Pão que alimenta os homens em sua totalidade, corpo, mente e espírito. E assim é evocado das profundezas de minha alma o arquétipo de Demeter e Zeus para a Fertilidade da vida; de Hécate e Hades para o mistério da morte, equilibrando o sagrado masculino e femino presente em mim e em você.

Honrados e benditos sejam os meus e os seus ancestrais pelas estrelas que foram, são e serão na órbita continua que é a lei que conduz à evolução do universo.
Amor é a lei.
Amor sob vontade!

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