sexta-feira, 15 de julho de 2011

O EU como em um Teatro Magico


"Pois tudo o que é objetivo existe apenas mediatamente, como mera representação do sujeito, de modo que tudo depende sempre da autoconsciência. Cada um traz em si o único mundo que conhece e de que sabe como sua representação, e por isso esse mundo é o seu centro. Por isso mesmo cada um é para si tudo no todo, encontra-se como possuidor de toda a realidade, e nada pode ser mais importante para ele do que ele próprio." - Schopenhauer, em O Mundo como Vontade e Representação.


ATO I -




Lá na terra jogado, agonizando, em processo de morte me sinto transformar. A semente que sou, sai vida, e aquela terra úmida, vou arrebentando em busca de ar e de luz. Foi assim que nasci, e quando desapontei meus primeiros filamentos de célula sobre a luz do sol e o ar farto uma grande transformação ocorreu em mim, percebi que foi necessário eu morrer como semente pra nascer, morrer; para me transformar em pão, bolos, biscuís, alimentos diversos, e que sempre uma semente de mim mesmo era deixado por baixo da terra para que todo esse ato teatral se propague na eternidade da vida e eu possa escolher Ser aquilo que minha Vontade desejar representar. Mas a essência será sempre a mesma. Prazer Eu Sou Trigo!! E você?


ATO II -


Alegre, triste, doente, saudável, positivo ou negativo como grandes atores no palco da vida podemos conscientemente escolher aquilo que nossa vontade quer representar.
Sou bravo, dócil, sem coragem ou corajoso demais. No interior de nós mesmos existe lá os cenários, as vestes, as máscaras e toda forma de textos que em diversas maneiras podemos interpretar. Escolho sempre minhas representações positivas, adoro ser palhaço, comediante, o amante da natureza, aquele que vê o invisível, que fala com o Fogo, a água, a terra e o ar, tranformo-os em aliados, pois, percebi que tenho todos  eles em mim mesmo e então no equilíbrio desses elementos vou me mantendo imortal até que por vontade própria deixarei dissolver-me em todas as coisas.






ATO III -


Quando vem visitar-me as representações negativas que por ficarem tanto tempo abandonadas ao pó dos caixotes, criam vida própria e resolvem assombrar-me; deixo-as vir como filhas diletas e então sentido-se amadas, não criam resistência e passam por mim como leves brisas deixando suas marcas profundas. Assim dou mais valor as minhas representações prediletas.
Não devemos nos incomodar as vezes quando o publico não ri. Ao cantarmos ou fazendo comédia no gozo da vida, alguns rostos ficam sérios e até choram. A comicidade verdadeira sempre permite vários niveis de interpretação. Começa com o riso e vai até a compreensão da Beleza, que é o resplendor da Verdade impensável.


Fim.

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